A venda e o uso de TV Boxes piratas, dispositivos que oferecem acesso ilegal a serviços de TV por assinatura e plataformas de streaming, representam uma séria ameaça à segurança dos consumidores e ao mercado legal. Esse alerta vem da Abrac (Associação Brasileira de Avaliação da Conformidade), que destaca os perigos físicos e digitais envolvendo esses aparelhos não homologados.
Segundo a Abrac, esses dispositivos podem apresentar falhas significativas, como risco de superaquecimento, curtos-circuitos e até incêndios, uma vez que não são submetidos aos rigorosos testes de segurança exigidos pela regulamentação. Além disso, uma pesquisa da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) indicou que esses aparelhos podem ser usados por criminosos cibernéticos para realizar ataques de negação de serviço (DDoS) ou acessar indevidamente redes domésticas.
Fabio Jacon, vice-presidente de Telecomunicações da Abrac, alerta que a conexão desses dispositivos pode abrir portas para ataques, expondo os dados pessoais dos usuários. Ele também reforça que, devido à baixa qualidade dos produtos, o uso desses aparelhos pode gerar custos elevados com reparos e substituições, além de prejuízos financeiros para os consumidores.
Do ponto de vista legal, a comercialização e o uso de TV Boxes não homologados podem acarretar sanções, como multas e até detenção, conforme estipulado pela legislação brasileira. Para evitar esses riscos, Jacon recomenda que os consumidores adquiram apenas produtos certificados, que passam por rigorosos testes de segurança elétrica, compatibilidade eletromagnética e desempenho.
Visando combater a pirataria, a Anatel, em parceria com a Hackathon Brasil, organizou o Hackathon TV Box. O evento contou com a participação de cerca de 140 competidores, que foram desafiados a desenvolver soluções tecnológicas para bloquear a troca de dados entre dispositivos não homologados. A equipe vencedora recebeu um prêmio de R$ 7 mil, enquanto os segundo e terceiro colocados foram premiados com R$ 3 mil e R$ 2 mil, respectivamente.
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fonte:https://www.dgabc.com.br/
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