A batalha contra a pirataria de mangás continua sendo um grande desafio, mas a editora Shueisha conquistou recentemente uma vitória significativa. Um tribunal em Tóquio condenou um homem ao pagamento de uma multa de 500.000 ienes (equivalente a mais de US$ 3.000) por traduzir ilegalmente capítulos da Weekly Shonen Jump para o inglês antes do lançamento oficial.
Segundo informações divulgadas pela Copyright Association for Computer Software (ACCS), o réu obteve os capítulos antecipadamente e os traduziu sem autorização, permitindo que o conteúdo vazasse em redes sociais e sites de distribuição ilegal. A editora comemorou a decisão da justiça, ressaltando que esse tipo de vazamento pode levar à disseminação incontrolável do material.
Entretanto, esse caso representa apenas uma fração do problema. Em 2023, investigações conduzidas pelas polícias de Niigata e Kumamoto resultaram na prisão de um grupo responsável por divulgar ilegalmente imagens completas de páginas da Weekly Shonen Jump e da Weekly Shonen Magazine na internet antes de seu lançamento oficial. Dois dos envolvidos receberam sentenças suspensas, o que significa que, caso cometam qualquer outra infração nos próximos três anos – até mesmo uma violação de trânsito –, poderão ser presos.
A pirataria de mangás tem raízes conhecidas e se tornou uma questão crítica para a indústria. As lojas japonesas costumam receber exemplares das revistas antes da data de lançamento oficial para organizar sua distribuição. No entanto, algumas delas aproveitam essa vantagem para digitalizar o conteúdo e disponibilizá-lo online. Esses arquivos rapidamente são traduzidos e acabam se espalhando de maneira incontrolável.
Enquanto o Japão continua reforçando medidas para conter o problema internamente, editoras como Shueisha, Kodansha e Shogakukan expandiram seus esforços para combater a pirataria em nível global. Desde dezembro de 2024, a Shueisha obteve uma decisão judicial na Califórnia obrigando a Cloudflare a fornecer informações sobre os responsáveis por 19 sites envolvidos na distribuição ilegal de mangás, que juntos somam mais de 560 milhões de acessos. Além disso, a editora também solicitou intimações ao Twitter para identificar as pessoas por trás de perfis que compartilham esses vazamentos.
-piratas pelo mundo
Fonte: https://somoskudasai.com/
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