A La Liga da Espanha apontou empresas de tecnologia dos EUA como peças-chave na disseminação da pirataria - (piratas pelo mundo)
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La Liga denuncia empresas de tecnologia e pede maior controle contra pirataria
A Liga Nacional de Futebol Profissional da Espanha (La Liga) acusou gigantes da tecnologia como Google, Cloudflare e X (antigo Twitter) de violarem os direitos audiovisuais de competições esportivas. Segundo a entidade, essas infrações representam uma ameaça direta a uma importante fonte de renda e empregos em diversos países, tornando necessária uma proteção mais rigorosa.
Além disso, a La Liga argumenta que essas empresas fornecem infraestrutura e serviços que facilitam a proliferação de redes de pirataria. Em um documento enviado ao Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), a entidade também recomendou que países como Reino Unido e Alemanha fossem incluídos na Lista de Observação Prioritária, citando desafios relacionados à pirataria. A organização estendeu essa recomendação a países latino-americanos, como Argentina e Peru.
O papel do USTR e a crítica da La Liga
Todos os anos, o USTR solicita que detentores de direitos autorais relatem suas preocupações sobre violação de propriedade intelectual para compor o Relatório Especial 301. Essa análise anual identifica políticas e empresas estrangeiras que podem prejudicar negócios americanos. No entanto, algumas organizações internacionais, como a La Liga, utilizam esse processo para apontar falhas em companhias dos Estados Unidos pelo mesmo motivo.
Na última semana, a La Liga aproveitou a consulta do USTR para denunciar o papel de empresas como Cloudflare, Google e X na facilitação da pirataria digital. A entidade reconhece que suas críticas vão além do escopo do relatório, mas ressalta a relevância da questão:
"Embora não seja o foco principal deste relatório, é fundamental destacar o papel significativo de intermediários sediados nos EUA, como Google, Cloudflare, Coredeluxe e X (antigo Twitter), no crescimento contínuo da pirataria ao longo de 2024."
A organização afirma que essas empresas fornecem serviços essenciais que permitem a sobrevivência de redes piratas, incluindo anonimização de identidade, redes de entrega de conteúdo (CDN), hospedagem, VPNs, indexação de sites e promoção em redes sociais. No entanto, o documento não detalha especificamente quais práticas seriam problemáticas ou como as empresas deveriam lidar com essas questões.
Empresas sob críticas
A Cloudflare frequentemente recebe críticas por dificultar a identificação dos servidores que hospedam sites piratas. Já o X (Twitter) tem sido alvo de reclamações por não agir rapidamente diante de pedidos de remoção de conteúdo ilegal. No caso do Google, a La Liga aponta que a plataforma ainda permite a presença de aplicativos piratas na Play Store, além de indexar sites ilegais em seus resultados de busca.
Recentemente, o Google tomou medidas para desindexar domínios piratas em países onde essas páginas são bloqueadas por decisão judicial ou ações administrativas. Apesar disso, a La Liga considerou a ação insuficiente, defendendo que a gigante da tecnologia deveria implementar um sistema de remoção global desses sites. Além disso, sugeriu que o Google adotasse medidas preventivas para impedir que serviços ilegais de streaming e IPTV aparecessem nos resultados de busca.
Reino Unido e Alemanha na mira
Além das críticas às empresas de tecnologia, a La Liga propôs a inclusão de Reino Unido e Alemanha na Lista de Observação Prioritária do USTR. Tradicionalmente, essa lista é reservada a países com graves falhas na proteção da propriedade intelectual, como China e Rússia. No entanto, a entidade espanhola argumenta que esses países europeus abrigam sites e serviços que facilitam a pirataria.
Curiosamente, o Reino Unido e a Alemanha são sedes das ligas concorrentes da La Liga, a Premier League e a Bundesliga, o que levanta questionamentos sobre as motivações dessa recomendação. Até o momento, nenhum desses países havia sido incluído na Lista de Observação em mais de duas décadas de relatórios do USTR.
Ainda não se sabe se as sugestões da La Liga serão acatadas no relatório final do Special 301 do USTR, mas a pressão da organização demonstra seu empenho em combater a pirataria e proteger seus direitos de transmissão.
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fonte:https://www.lanacion.com.ar
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