Meta argumenta que o uso de material pirateado é legal, desde que não haja disseminação do conteúdo - (piratas pelo mundo).
Recentemente, a Meta se viu envolvida em um processo judicial relacionado ao uso de dados pirateados para treinar seus modelos de inteligência artificial, especificamente os modelos LLaMA. A empresa admitiu ter baixado um conjunto de 82 TB de material protegido por direitos autorais, provenientes de bibliotecas de sombra, mas alegou que tomou precauções para evitar "semear" os arquivos — ou seja, compartilhar os dados com outros usuários durante o processo de download, o que é uma prática comum em redes torrent.
De acordo com os advogados da Meta, não há evidências de que a empresa tenha compartilhado o conteúdo pirateado durante o processo de download, baseando sua defesa na ausência de provas de que o material foi realmente "semeado". No entanto, em um depoimento, Michael Clark, executivo da Meta, revelou que as configurações de seus sistemas foram ajustadas com o objetivo de minimizar qualquer possibilidade de semeadura, embora não tenha deixado claro se esse ajuste impediu totalmente a prática.
Curiosamente, um pesquisador da Meta, Frank Zhang, foi citado em uma mensagem interna sugerindo que a empresa pode ter tomado medidas para ocultar a propagação de dados através de seus servidores, provavelmente para evitar rastreamento de quem estava baixando ou compartilhando os arquivos. Essa revelação levanta questões sobre a intenção da empresa e a possibilidade de que tenha tentado esconder suas ações.
Se a Meta conseguir provar que o simples download de material protegido por direitos autorais não é ilegal — e que a distribuição, ou semeadura, é o ponto crucial da violação — isso pode ter implicações significativas para o futuro das leis de pirataria e a forma como elas se aplicam a tecnologias emergentes, como os modelos de IA. No entanto, ao focar em um aspecto técnico, como a semeadura, a Meta pode estar tentando desviar o foco da questão maior: se ela sabia ou não que estava violando as leis de direitos autorais ao utilizar torrents para obter o material.
A Meta ainda não comentou publicamente sobre se estava ciente de que estava compartilhando os arquivos durante o download, e a disputa judicial promete se arrastar por mais tempo. O desfecho desse caso pode influenciar futuros litígios envolvendo outras empresas de tecnologia, como foi o caso de ações semelhantes contra a OpenAI e a Microsoft, que também enfrentam acusações de uso de conteúdo protegido sem a devida autorização.
- piratas pelo mundo
fonte: https://www.tomshardware.com/
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